Ano 0 – Edição 2 – Dezembro de 2000.



Jingle bell, jingle bell acabou o papel...

Uau! Tem apenas 2 meses que começamos com esta estória de Berelando... e já fomos tão longe. A partir deste mês estará no ar – em caráter experimental – a homepage da Rede Berel. Anotem o endereço: http\\www.redeberel.hpg.com.br. Faça-nos uma visita e deixe o seu recado em nosso livro de visitas. Além de nosso site teremos também a versão eletrônica do Berelando, ou melhor, e-Berel@ndo..., quem tiver e-mail e preferir receber seu informativo por este meio é só entrar em contato conosco. Ah! Não podemos esquecer! Em dezembro a Rede Berel completa 5 anos, vejam em "Histórias da rede".

Bem, divirtam-se e não se esqueçam de nos enviar suas críticas e sugestões. Boas festas e um ótimo ano novo. A gente se vê no próximo milênio.

Rede Berel na rede mundial

Está funcionando em caráter experimental a homepage exclusiva da Rede Berel - www.redeberel.hpg.com.br. Esta ação foi uma promessa do Neto, diretor de comunicação da Rede Berel, no Berelando... Nº 0 (piloto) e, em menos de três meses após o pronunciamento, o projeto já está na rede mundial de computadores. Por enquanto, ela funcionará como uma extensão do Berelando... mas, terá em breve seções exclusivas sobre entretenimento, cultura e turismo, atualizadas periodicamente.
Segundo o diretor, ele não está medindo esforços para tornar esta rede ainda mais conhecida e, como ele próprio diz, com a mais alta qualidade. “Agora, em qualquer parte deste mundo, a Rede Berel pode ser vista com apenas alguns toques no teclado do computador. É um primeiro passo, mas não tão modesto. Vocês não acham?!?”. E pelo jeito modéstia não é o forte do Neto.

Nós erramos

Como ninguém é perfeito (inclusive a gente) o último Berelando... teve alguns erros. Vamos às correções:
Na seção Aniversários, Karina na verdade fez 5 aninhos e não 4 como foi publicado; A filha de Zuza e Edilene chama-se Mayara Meireles e não Mayara Mendes e, finalmente, a Berel Elma aniversaria neste mês, no dia 1º (Parabéns Elma) e não em 30/11.

É isso ai. Não deixe de corrigir-nos. Avise-nos sobre quaisquer informações incorretas.

Que gracinha

Em seu aniversário de 5 aninhos, Karina Santos, filha do Berel Silvio, fez o seu o pedido na hora de cortar o bolo: “- Saúde para a Rede Berel”. Não é uma gracinha?!?! ? Muito obrigado Karina, ficamos emocionados.

História de um sonhador

No último dia 08 de dezembro completou 20 anos que John Lennon foi assassinado a tiros por Mark David Chapman em frente ao prédio em que morava em Nova Iorque. Nascido John Winston Lennon em 09/10/1940 em Liverpool, GB, formou em 1958, junto com seu amigo Paul McCartney a maior banda de Rock and Roll de todos os tempos: The Beatles. Lennon sempre foi o mais polêmico dentre todos os beatles. São dele frases do tipo: “O cristianismo vai acabar. Nós somos mais populares que Jesus Cristo agora.” dita para um repórter de TV nos anos 60 ou “Aqueles que estão nos lugares mais baratos, batam palmas. Os que estão nos mais caros, chacoalhem as jóias” em um show na Inglaterra no qual estavam presentes nobres e membros da família real britânica, mas, também foi criador de músicas de extrema beleza como “Imagine” e “Woman” que pregavam o amor e falavam sobre a possibilidade de um mundo melhor. Foi ainda co-autor de “Yesterday” que recebeu em 20 de novembro deste ano, em Nova Iorque, o título de melhor música pop de todos os tempos, escolhida por um júri formado pela revista Rolling Stone e a MTV. Como ele mesmo dizia, era um sonhador que queria o mundo em paz, sem nenhuma espécie de conflito. Bem, quem é que não quer isso?

Perdemos um sonhador, mas não devemos deixar que o sonho acabe. Lennon, onde estiver, saiba que o seu sonho continua.

Bem-vindo Thiaguinho

Nossa família cresceu. Nasceu no dia 20 de novembro, às 10h30 da manhã, na maternidade do Hospital São Leopoldo - em Santo Amaro - após a realização de uma cesariana, Thiago, filho dos beréis Ricardo e Maria. O bebê nasceu pesando 3,46 kg é uma criança saudável, para a felicidade dos pais. Maria não teve problemas pós-cirúrgicos e recebeu alta em 23 de novembro.

Parabéns Ricardo e Maria. Bem-vindo Thiaguinho.
É o amor...

Completou no dia 30/11 quatro anos de matrimônio do casal Wilson e Eliana. É uma história de amor que já dura 8 anos e começou no dia 19/12/1992 (é, eles ainda lembram) e, se depender da nossa vontade vai durar ainda muito mais.


É o amor... II

Parece que o Cupido escolheu o final de ano como o período para “atar” os beréis. Além do casamento mais esperado por esta rede – Russo e Zinha no dia 23/12 - Jorge Luis e Carla completam em 19 de dezembro 2 anos de casados e, pelo andar da carruagem, ainda vai durar muito tempo, pelo menos a eternidade.


É o amor... III

Deve ser o clima. Fabio Barros, diretor de Mídia e vice-presidente desta rede, anunciou que em 2001 ele e Fátima Freitas irão morar juntos. Por enquanto só sabemos que a casa fica na Cidade Dutra, vamos aguardar por detalhes.

Desejamos mais completa felicidade aos casais

Nome novo, vida nova

Berel deste os primórdios da rede (quando eram "Os Beréis de Plantão"), Cira está de nome novo. Cansada do velho apelido, a berel resolveu adotar deste outubro um novo. Agora ela quer ser chamada somente por Siria. Sobre o motivo da mudança Siria faz mistério, talvez seja conselho de algum numerologista, mas isso não importa.

Cira (ops!), quero dizer, Siria seja feliz com seu novo nome.

Mais uma sede para a Rede Berel

J. Queiróz, Ione e Guilherme, mudaram de residência e agora estão morando num amplo apartamento localizado na Granja Julieta. A família montou um escritório na residência e desde já disponibilizam o local para futuras reuniões da Rede.

Texto enviado por Elaine Luisa da Costa, Viçosa - MG


Querido amigo
Flora Figueiredo

Por onde andamos
Nós, que raramento nos falamos?
Engolidos pela pressa
Ou pela saga do compromisso?

Deixo um recado de saudade
Para você pensar.
Por mais que a vida corra e o mundo agite,
Por favor, acredite,
O nosso coração não muda de lugar.

O tempo e a distância
Costuma nos arrastar.
É como se folhas de outono
Se separassem pelo sopro de algum vento.
Mas nosso coração não muda de lugar.

Conservo a mão estendida,
O peito aberto,
O ombro compreensivo,
O pensamento alerta.
A qualquer hora você pode me chamar.
O meu carinho permanece vivo.

É o nosso coração que não muda de lugar.


“À vocês amigos do Berelando!!!”

Rede Berel e o Senso 2000

Logo, logo, o Brasil terá o resultado deste trabalho!Madalena, que é mãe de Vanessa, Rafael e Tamyres, esposa do Zé Maria - que joga futebol aos finais de semana com o pessoal da Rede - está coordenado um grupo de sensores (pessoal que aplica os questionários do Senso) no Jardim Tamoio, zona Sul da capital. O trabalho tem sido tão intenso, que até mesmo as irmãs Maria, Carla e Lourdes têm ajudado na correção dos questionários (passar a limpo).
Já no bairro do Pq do Lago, quem também tem trabalhado para o Senso 2000, aplicando questionários, é nossa amiga Paula Tavares, irmã do Marcelo e da Marcinha.

FRASES

"À saúde da Rede Berel!"
frase dita por Karina, de 5 anos, filha de Silvio e Ivani, quando ao apagar as velas do bolo de seu anivesário foi indagada por sua mãe: Faça um pedido minha filha!

"Não se preocupem amigos, aqui não roubam toca-fitas!"
frase de Russo momentos antes de estilhaçarem o vidro de seu carro, para retirarem o objeto citado, em Curitiba.

"O bolo tá derretendo, o bolo tá derretendo!"
frase dita por Elaine, irmã da berel Elma, no aniversário de Jorge Luís que insistia em discursar ao invés de cortar o bolo, em dezembro de 95.

Gente que faz

Nos dias de hoje, um bom emprego é algo bastante raro, pior se você não tiver uma profissão. Por isso, Simone Silva, 20 anos, resolveu aprender uma. Há 1 ano e meio nossa amiga está cursando no Centro Formador da Cruz Vermelha, Av. Moreira Guimarães, 699 – Indianópolis, Tecnologia em Radiologia Médica, e, ao se formar, estará apta a trabalhar nas áreas de Raio X convencional, tomografia computadorizada, mamografia e com radioterapia usada principalmente em tratamento de tumores.

Simone escolheu a área da saúde, principalmente a de radiologia, devido influência de sua prima Andréa, que é auxiliar de enfermagem e atualmente cursa a Faculdade de Enfermagem, porém, segundo suas próprias palavras “foi amor a primeira vista” e ainda aprendeu a importância do trabalho em equipe: “tem de haver uma interação muito grande entre toda a equipe para se chegar a um diagnóstico perfeito”. A escola além de oferecer aulas práticas no Hospital dos Defeitos da Face, encaminha seus alunos para estágios remunerados em outros hospitais. Nossa amiga estagia deste janeiro no hospital do Campo Limpo e no pronto-socorro do Jardim Jacira e já pretende seguir os passos de sua prima logo que terminar o curso: pretende fazer o curso superior de enfermagem.

É isso aí Simone, torcemos por você.

Aniversários de dezembro

Vamos às homenagens começando com a Elma (desta vez está certo) e Maria Gomes em 1º de dezembro, Valdir no dia 07, Wilson no dia 23, nosso presidente Jorge Luis no dia 24, Mayara (Filha da Beth e sobrinha de Elma) no dia 25, e, no último dia do milênio, 31 de dezembro, Eliana e Guilherme.

Desejamos a todos muitas felicidades e que tenha um novo milênio repleto de alegrias.

Feliz vida!!!

Piadas de Russo (Ops! de Zinha)

Qual é o nome do livro mais fino no mundo? "O que os homens sabem sobre as mulheres
Quantos homens são necessários para trocar o papel-higiênico do banheiro? Ninguém sabe. Isto nunca aconteceu.
Qual é uma boa definição para um homem? Um vibrador com uma carteira.
Como chamamos um homem que perdeu sua inteligência ? Viúvo.
Qual é o conceito do homem de ajudar com a limpeza em casa? Levantar as pernas para o aspirador de pó passar.
Por que a psicanálise é mais rápida para os homens Porque quando dizem para ele voltar à infância, ele já está lá
Como é que os homens fazem exercício na praia? Encolhendo o estômago e estufando o peito toda vez que passa um biquíni.
Como você sabe que um homem está mentindo? Quando seus lábios estão se mexendo.
Por que os homens não se deitam na areia da praia ? Porque tem medo de que os gatos o enterrem.
Por que Deus criou o homem antes da mulher? Primeiro o rascunho, depois o definitivo
Por que o cachorro não morde o seu dono que é homem ? Ética profissional.
Por que os homens preferem as virgens? Porque eles não suportam críticas.
Por que as mulheres fingem o orgasmo? Porque é muito triste ver um homem chorar.

Histórias da Rede

E assim surge a denominação Rede Berel...
Por Jorge Luis e Fabio बर्रोस

Bem amigos da Rede... Rede o quê? Ora somo os beréis de plantão, então, só pode ser Rede Berel!
Essa frase foi dita por Jorge Luís em 31.12.1995. Na ocasião lá estavam os Srs. Tertuliano Xavier (o Neto), nosso Diretor de Comunicação, Valdecir Calazans, nosso Diretor de Artes, Valdenir que é conhecido como Val amigo do Jorge que trabalha no Itaú, Fábio Barros que é nosso Diretor de Mídia e vice-presidente e Jorge Luís o presidente.
Aquele ano, 1995, tinha sido para todos um ano inesquecível, a essência dos beréis de plantão neste ano foi marcado por shows, festas e aventuras. Paralamas no Olímpia, Rita Lee, Caetano, Barão, Titãs no Vale, O show que não aconteceu da Legião no Expo Music, à volta do Camisa, a festa dos 10 anos da 89 e das "pedras que rolaram" no Pacaembu. Os meninos não queriam que o encerramento daquele ano fosse diferente. Tinha que ser incrivelmente diferente. Eles teriam três dias e pensaram em viajar. Val, que há muito não via seus familiares de Curitiba, sugeriu que todos o acompanhassem até a casa de sua irmã. De início os rapazes ficaram pensativos, afinal, seriam três aventureiros a mais invadindo a casa de uma pacata família.
Prós e contras pensados, fora decidido que sim, eles iriam desbravar os caminhos que os levariam ao sul do país. A BR116 começaria a acostumar-se com a galera, uma vez que em fevereiro deste mesmo ano eles tinham ido á Itajaí SC (Não percam essa hilariante história no Berelando 3).
Jorge que já tinha se desfeito do famoso "Barro Móvel" estava ansioso por colocar seu novo veículo na estrada. Ele tinha um problema, sua carta venceria exatamente neste mês, e eles haviam decidido viajar há pouco mais de uma semana da data. Como era sua primeira renovação de carta, Jorge, sem muita experiência, procurou um despachante. O despachante garantiu a Jorge que sua carta ficaria pronta e que, se isso não ocorresse ele poderia viajar apenas com o comprovante do exame médico. E assim foi. Jorge ficou tranqüilo. Fábio não poderia ir com os rapazes de carro, pois não conseguira uma dispensa dos Correios para o último dia útil do ano. Pobre rapaz teve que trabalhar. Valdecir resolveu ir também de carro, ele achava que dessa forma seria mais confortável para todos.Mapa em punho, caminho acertado, restava agora partir. Todos reunidos na casa do Val, para que bem cedo por voltas das 06:00h, após terem tomado o café: Curitiba, aí vão eles!
E lá seguirão os rapazes, pela estrada de Itapecerica da Serra. Ao chegarem em Itapecerica, o primeiro probleminha: O carro de Valdecir, o Russo, ferve e eles se viram obrigados a interromperem por aproximadamente uma hora o início da viagem. A alegria de Jorge era dupla, já não era mais o carro dele que atrasava as saídas por motivos mecânicos, e seu novo carro estava prestes a adentrar a rodovia para o grande teste. Primeiro problema solucionado, agora seguem todos felizes BR116 afora, até que...
... No céu, uma grande nuvem cinza se forma, e sem pedir licença, transforma-se em uma torrencial chuva!
Vocês devem conhecer a fama que essa tal BR116 tem, não é mesmo? Agora imaginem, dirigir nela pela primeira vez e sob forte chuva! Valdecir, o Russo, motorista mais experiente nas estradas, na ocasião, apesar de usar uns óculos do tipo fundo de garrafa, garantia que estava enxergando bem, e seguia firme e forte à frente da viagem. Já o Jorge, que a essa altura já pedia para o Val o acompanhar em suas orações, dizia que iria porque tinha fé...
Neto era o co-piloto de Russo, e até então dirigir mesmo que era bom...
Jorge nem pensou em pedir para que Val dirigisse seu carro. Primeiro: era seu carro novo, segundo: Val era famoso por dirigir um Fusca que ele afirmava ter um certo "piloto automático", desses que levam sozinhos os seus donos a seus destinos.
Tudo ia quase que tudo bem até se ouvir aquele estrondoso barulho! Jorge pensou: "Acabei com frente de meu novo carro!" Deu sinais de luzes para Russo que não estava muito à frente.
Para sorte dos rapazes foi apenas o pneu que estourou após passarem por buraco, quero dizer, cratera, dessas típicas da BR116. Os quatro rapazes sob uma chuva gelada, que eles afirmavam doer, trocaram o pneu. De repente, outro barulho parecido com o que acabara de ocorrer. Era um outro rapaz que se viu atingido pela mesma cratera! O pior, esse rapaz não sabia trocar pneus... Os rapazes olharam uns para os outros e... Mãos á obra! Olha que surpresa, o estepe do moço esta murcho! Ele não se fez de rogado, disse aos rapazes que ficaria agradecido se eles colocassem o pneu assim mesmo, do jeito que estava, pois ele viu que a uns trinta metros atrás, tinha uma placa indicando borracharia. Acreditem se quiserem: com o pneu murcho e tudo o rapaz engatou uma marcha ré e conseguiu alcançar o borracheiro. Após três segundos passa um daqueles famosos caminhões da Br pela estrada! Seguindo viagem, a chuva para o tempo não estia, e mais alguém resolve para também, e de vez! O trânsito. Queda de barreiras fizeram com que uma viagem que normalmente duraria no máximo 5 horas, se esticasse para 14 horas! Após algum tempo, Jorge e Val já não sabiam onde estava Russo e Neto, foi quando de repente, com o trânsito parado, aqueles motoristas resolveram pegar a contra-mão e seguir viagem. E adivinhem que estava liderando? Ele mesmo. Valdecir Calazans, o Russo. Colocou seu braço para fora e começou a fazer gestos para o Jorge, querendo dizer que era para ele seguir também. O Jorge não foi.
Algumas hora depois, a fome bateu forte, Val sugeriu que eles poderiam comer algo num posto que estava próximo. Atravessaram com o carro a rodovia e estacionaram onde vários carros já estavam parados. Mal chegaram e os motoristas desses mesmos carros saem como que desesperados. Jorge sem entender nada logo pensou: Oba! Vai sobrar vaga! Percebeu que somente um homem ficou parado no que pensava ser um estacionamento e, ao se aproximar, viu que se tratava de um guarda de trânsito que gesticulava feito doido para ele também voltar, pois ali não era estacionamento.
Desfeito o mal entendido, entraram num "boteco" junto ao posto. Val disse: "Vou comer uma coxinha, vai uma aí Jorge?" Jorge responde: "Você tá louco, essa coxinha aí ta com cara de 'Jesus me chama!'"Val comeu assim mesmo. Quando Jorge se virou percebeu que logo atrás dele estava o mesmo guarda de trânsito que momento antes havia o expulsado do que não era estacionamento, e o pior, estava comendo a tal coxinha, com uma boca de quem estava gostando muito e os olhos voltados para Jorge de quem não gostou muito!Jorge se volta para o Val e diz: Xiii Val, é melhor sairmos daqui logo, senão tomaremos uma multa! E voltaram para o carro.Horas mais tarde o trânsito foi se liberando, a fome de Jorge continuava, até que reencontraram Neto e Russo, que dividiram um pacote de bolachas, sanando a fome de todos.
Ao fim daquele dia, enfim, os rapazes chegaram ao seu destino: Curitiba!
Ali eles tiveram a oportunidade de conhecerem o Sr. Nelson e sua família que recepcionaram calorosamente á todos.
Malas desfeitas, apresentações em dia, resolveram conhecer um pouco da noite daquela cidade. Foram até a famosa Rua Vinte e quatro horas. Lá o Val, homem que se apaixona com a velocidade da luz, se encantou com uma "guria" que servia bebidas no bar que escolheram ficar. Resultado: alguns copos quebrados e algumas declarações de amor. Dentre elas, a famosa frase: "Bem amigos da Rede Berel!" Jorge dizia nesta ocasião, que o grupo estava crescendo, rompendo os limites inclusive de Estado, "Somos uma Rede!".
A partir daquela data ficara decidido que os "Beréis de plantão" se auto denominariam uma rede de amizade, que passaria a se chamar Rede Berel.
No dia seguinte, todos descansados, resolveram procurar um mecânico para "ajeitar" o carro do Russo para que esse não fervesse mais. Também era necessário ir buscar o Fábio na rodoviária, ele chegaria nesta manhã.
Tudo acertado e o Fábio chega. Agora a turma estava completa.Neste dia, o pessoal pode visitar alguns dos pontos turísticos da cidade: a praça do relógio de flores, as ruínas históricas da fundação de Curitiba, e veja que engraçado, descobrimos que eles têm um zoológico no meio da cidade!
Ao anoitecer mais um passeio pela encantada cidade. "Vamos estacionar aqui", disse Russo. "OK Russo, não esqueça de tirar o toca-fitas" (tratava-se de um modelo Rio de Janeiro, que na época era top de linha). "Não se preocupem amigos, aqui não roubam toca-fitas", disse Russo.
Quando retornaram, qual não foi a surpresa, ao perceberem que o vidro do carro de Russo estava estilhaçado. Pois é meus amigos, lá se roubam toca-fitas sim! Pobre Russo...
No terceiro e último dia, os rapazes resolveram visitar o famoso Jardim Botânico, onde lá se fizeram passar por repórteres de uma emissora de TV, usando inclusive, camisetas oficiais que os identificavam como tal, entrevistando várias pessoas. Esticaram novamente até o zoológico e sintam a malvadeza, o tema escolhido para entrevistar as pessoas foi: Procura-se um parente!
Um senhor que observava o "trabalho" dos beréis foi se chegando e, acreditem, foi bombardeado por perguntas do tipo: "O Sr já encontrou algum parente por aqui?" Vejam a resposta: "Sim! Um irmão meu, e isso já faz algum tempo!". Jorge não contente ainda com a resposta, continua a indagar: "Foi por ali mais ou menos?" (apontava ele para a jaula dos macacos). E o tiozinho afirmava veemente que sim.
Outro episódio interessante foi quando em frente a um bebedouro os beréis posicionaram a câmera e começaram a perguntar às pessoas se elas sabiam que a água que eles estava bebendo era reciclada, ou seja, a água que escorria para dentro do bebedouro era a mesma que saia para ser bebida novamente. Acreditem, muitas das pessoas desistiram de tomar a água.
Neste dia o Sr. Nelson e família, o Val e toda a turma se divertiram muito. Adentrando a esperada última noite daquele ano, tudo se deu como o esperado. Muitos fogos e abraços.
Depois do tradicional almoço de ano novo, os beréis resolveram partir, afinal o dia seguinte seria um dia de trabalho.
E lá foram eles novamente para a BR116, já estava escurecendo. Jorge como sempre, temeroso com relação a estrada: "Vamos embora logo!".
Rodando pela estrada, a serração resolve baixar de vez! "E agora Val?", disse Jorge.
"Calma, amigão, vai acompanhando a faixa amarela". Para Jorge tudo se resolve quando avista um caminhão todo cheio de luzes. "É aqui mesmo que eu fico!", disse ele.
Enquanto isso, no outro carro: "Veja Russo, o Jorge está seguindo aquele caminhão!". "O Jorge? Que nada!" Afirma Russo. Então ultrapasse ele! Disse Neto.
Ao perceber que iria ser ultrapassado, Jorge toma fôlego e mais que depressa resolve ultrapassar o caminhão.
Logo a frente avistou uma luzinha que acendia e apagava por vezes. Jorge pensou: deve ser uma moto com luz defeituosa. Ao se aproximar enxergou um braço que o indicava para encostar. Era o policial rodoviário, que em alto e bom som disse: "Seus documentos e os documentos do carro!" "Está aqui seu guarda, minha carta está vencida, mas tenho esse exame médico que meu despachante disse ser suficiente". O guarda com um olhar maroto responde: "Ele é despachante ou juiz do Detran? Pois só um juiz poderia autorizá-lo a rodar com isso! E tem mais, o Sr ultrapassou em local proibido, sua luz de lanterna está queimada e aquela coxinha é de primeira qualidade!"
Só para o Jorge foram quatro multas, e o Neto que dirigia o carro do Russo levou uma multa, ele também ultrapassou naquele local.
Daquele trecho em diante, Jorge não pode mais conduzir o carro, para sua sorte, todos tinham habilitação válida. Feita a troca de motoristas, Russo passou a dirigir o carro de Jorge. A viagem seguiu noite adentro e mais uma vez a serração forte atingiu a estrada. Jorge olhou para Russo (que usava aquele óculos fundo de garrafa) e disse: Você está enxergando alguma coisa? Russo responde: Fique calmo, vejo a faixa amarela perfeitamente! Dali por diante só ouvia orações, de todos os tipos e para todos os santos.
Por fim, os beréis chegaram em suas residências nesta madrugada, apesar de todos os contratempos, são e salvos!

ARTIGO

Era uma vez os Heróis
Por Valdecir Calazans

Era uma vez um dia após a morte de Ayrton Senna. Os jornais estampavam ainda as manchetes cheias de dor e de paixão feitas sob medida para vender jornais para pessoas como eu, ávidas por toda sorte de notícias envolvendo o piloto e todo o universo que o cercava. Sim, havia ali uma estranha demonstração de correspondência, uma associação tão impensável num país tão afeito a divisões sociais e culturais. Havia neste reino distante um certo jornalista tecendo suas teorias sobre uma frase dita por um político qualquer ao comentar que o país estaria chorando a "perda de um herói, num país tão carente deles". E o jornalista comentava que o político não soube dizer quais os outros poucos heróis que o povo ainda tinha. Na verdade, uma insinuação interessante: Quem são nossos heróis? Que é feito deles? Como se parecem, o que fazem para ser heróis? Quê sei eu de heróis?
Eu nasci numa época em que haviam heróis. Haviam pessoas desaparecendo simplesmente porque diziam o que pensavam acerca da situação de violência e cerceamento da liberdade que cercava o cenário nacional. Havia aqueles que não se podia simplesmente fazer desaparecer porque eram conhecidos demais. Estes então eram convidados a saírem do país e viverem no exílio por tempo indeterminado. Entre eles haviam alguns heróis que hoje estranhamente consideramos inimigos, ou quase isto: Fernando Henrique, Leonel Brizola. Havia também aqueles que pareciam heróis. Lembram do Geraldo Vandré ("Vem, vamos embora, que esperar não é saber”) e o Paulo Francis? Claro, eu desculpo o Paulo Francis, ele até que tinha idéias pouco atinadas com a maneira de pensar da nossa direita da época, mas daí a considerá-lo subversivo, vá lá, sejamos realistas, não dá. Ele tinha até cargo editorial no Pasquim, vejam só isto. Logo no Pasquim do Jaguar, campeão de resistência do humor e da esquerda, bastião na luta dos direitos da democracia. Bem, ninguém é perfeito.
Onde então ficaram então os heróis? Morreram pelas próprias mãos? O que é feito hoje dos heróis do passado? Valdemir Palmeira, do diretório estudantil do Rio, antes um líder da militância de esquerda, do socialismo e da igualdade social é hoje um deputado federal quase desconhecido. Lembram-se do Fernando Gabeira? Alguém pode imaginar que este distinto senhor, um dia no passado fez parte de grupos de milícia revolucionária e inspirou nossa fantasia acerca da coragem e da defesa dos ideais de liberdade e igualdade? (O que é isto companheiro?) Podemos citar o José Dirceu (Ele mesmo, o presidente nacional do PT de hoje), o líder estudantil da PUC naquele período conturbado, tão mudado hoje em dia. Pois é... Alguns poucos continuam os mesmos heróis daqueles tempos difíceis. Podemos citar o Betinho, o Herbet Souza, o irmão do Henfil. O Betinho, puxa vida. Eu quase esqueço dele... Ah, mas aí eu chego à simples constatação de que realmente temos uma memória estranhamente curta. Claro que agora, eu me lembro do Betinho, da sua campanha da cidadania contra a miséria e pela vida. E fica mais fácil lembrar do Chico Mendes. Teotônio Vilela, , o menestrel das Alagoas.. E que dizer de Santos Dias, heróis da classe operária, morto em manifestações em prol de trabalhadores? E do Vladimir Herzog ao lidar com o DOI-CODI (Suicídio? Depois de sessões intermináveis de choques e pancadas?). Tanta gente que partiu no rabo do foguete....
Era uma vez um povo tão repleto de heróis. Era uma vez um povo tão cheio de esperança nos corações. Era uma vez uma história que poderia ter sido contada diferente, se aquele som surdo que saía da boca destas pessoa tortas que se tornaram heróis, e que hoje estão esquecidos, encontrassem ecos na nossa mente, reverberassem em nossa coragem e tomasse conta de nossa juventude, de nossa determinação. Mas estamos ficando todos fracos e velhos, cansados de tentar. Já não somos mais um bom exemplo para as gerações futuras. De que barro somos feitos, afinal? E lá no fundo da minha mente, um som enfraquecido com palavras de ordem ainda retine. A cena é em preto e branco, há cartazes nas mãos de imberbes que os empunham com vigor, há esperança no olhar e nas vozes que entoam em coro a velha canção: "Vem, vamos embora, que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora,não espera acontecer..."

A seção “Artigo” é escrita por integrantes da Rede Berel, colaboradores e amigos, não significando que as idéias expostas aqui sejam necessariamente a opinião deste informativo.